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sábado, 21 de maio de 2011

História e evolução da rede do Metro de Lisboa

 
Henrique de Lima e Cunha foi o autor do primeiro projecto de um sistema de caminhos-de-ferro subterrâneos para a cidade de Lisboa no ano de 1888, onde apresentava um sistema completo de linhas que formariam uma rede.
Só a partir da 2ª Guerra Mundial surge a decisão de se construir um metropolitano em Lisboa.
A 1 de Julho de 1949 foi então concedida a instalação e exploração do respectivo serviço público.
A construção iniciou-se apenas no ano de 1955 a 7 de Agosto, e quatro anos depois, a 29 de Dezembro, foi por fim inaugurado o metropolitano.
Desde o início das obras de construção do Metropolitano de Lisboa até aos dias de hoje, o metro sofreu várias alterações que lhe permitiram não só usufruir de uma maior flexibilidade, como também fornecer aos seus utilizadores um serviço mais cómodo e eficaz.
Quando o metro foi inaugurado, a rede era constituída por uma linha em Y que ligava os Restauradores á Rotunda, hoje designada Marquês de Pombal, onde se separava em dois ramos, um para Entre Campos e outro para Sete Rios, que é hoje o actual Jardim Zoológico. Isto foi um importante acontecimento para a cidade pois permitia a correspondência entre os dois primeiros troços.
O Metropolitano de Lisboa era à data da sua construção, o décimo quarto Metropolitano a ser construído na Europa e o vigésimo quinto no mundo, tendo no primeiro ano transportado 15,3 milhões de passageiros.
Em 1963 a configuração da Linha do Metropolitano de Lisboa sofreu a sua primeira alteração com a anexação de uma nova linha, o Rossio, que se ligava aos Restauradores. Esta visou um plano de alargamento do metro, que após a construção do troço Rossio-Anjos em 1966, ficou concluído, em 1972, o troço Anjos-Alvalade.
Com o 25 de Abril de 1974 deu-se uma das alterações mais importantes em termos administrativos do Metropolitano de Lisboa: a empresa foi nacionalizada, e a nova administração rapidamente encetou esforços para melhorar as condições do Metro de Lisboa, que ficavam bastante aquém das condições fornecidas pelas redes de Metro das principais capitais Europeias. Em vista disso, foram imediatamente encetadas obras de remodelação na rede, que permitiu, em 1978,com o alargamento das estações, passar a poder receber quatro carruagens em simultâneo em vez de duas. Também a rede foi amplificada neste período, com um processo longo e demoroso durante a década de 80, que permitiu não só a construção de mais um troço entre Sete-Rios e o Colégio Militar, como também a anexação de mais uma estação, a Cidade Universitária, colocada imediatamente após a estação de Entre Campos. Esta obra, realizada entre 1980 e 1988, não só permitiu um alargamento da rede, como passou a permitir a passagem de 6 carruagens em simultâneo. Neste período também se realizaram obras de remodelação, sobretudo do ponto de vista estético que visaram melhorar visualmente as diversas estações e o próprio cais.
O ano 1993 foi também importantíssimo para o Metro de Lisboa, não só porque foi neste ano que foi construída mais uma estação, a do Campo Grande, que se ligava a Alvalade e à Cidade Universitária, como entretanto teve lugar um programa de prolongamento da extensão das naves e dos cais das estações, estas obras foram efectuadas sem interrupção da exploração. A juntar à modernização das carruagens, entraram em exploração as duas unidades triplas ML90 com indicador de destino digital e mais confortáveis.
Nesse ano assistiu-se também ao aparecimento do “Plano de expansão da rede II”, que tinha como objectivo preparar o metropolitano de Lisboa para a Exposição Mundial que ocorreria na cidade cinco anos mais tarde (Expo 98). Com este plano, o Metro de Lisboa sofreu uma renovação profunda, quer a nível de infra-estruturas, quer a nível logístico, procedendo-se, entre 1995 e 1998 à criação de 12 novas estações (Marquês de Pombal (Linha Verde e Azul)., Carnide, Fontinha, Rato, Cais do Sodré, Alameda, Olaias, Bela Vista, Chelas, Oriente, Cabo Ruivo), sendo que o último troço a ser concluído, ligava a Alameda ao Oriente que, no prolongamento da linha vermelha foi concluído e aberto ao público três dias antes da exposição global se iniciar.
Para além disso, assistiu-se também à desconexão de algumas linhas, tendo outras mudado de nome (como aconteceu com a já referida estação de Sete-Rios, que a partir de 1998 adquiriu a designação de Jardim Zoológico). De referir ainda que foi nesta altura que surgiu a ideia de diferenciar as linhas (verde, azul, vermelha e amarela), dando uma maior organização ao espaço. Depois da Expo, o Metropolitano não estagnou, continuando a investir na construção de novas estações, tendo-se verificado até ao final do ano de 1998 a construção de três novas estações (Cabo Ruivo, Baixa/Chiado e Olivais).
No ano de 1999, deu-se mais um passo para a modernização do Metro de Lisboa, com a apresentação do novo Lote de Material circulante, o ML97, que incluía novidades como o sistema digital automático de aviso aos passageiros e possuía uma maior capacidade de transporte, em virtude de possuir 18 unidades triplas num total de 54 carruagens. Ao virar do milénio, o Metropolitano de Lisboa tinha um total incrível de 361 carruagens, naquele que foi o maior número que se atingiu até hoje, devido à desactivação recente de algumas das carruagens iniciais. O desenvolvimento do Metro de Lisboa continuou com o início do novo século, nomeadamente com a sua expansão em 2002 até Telheiras. Em 2004, assistiu-se a um acontecimento histórico para o Metropolitano de Lisboa que, pela primeira vez na sua história viu a sua área de abrangência sair fora dos limites da cidade de Lisboa, com a construção de um novo troço de cinco estações que faziam a ligação entre o Campo Grande e Odivelas. Nesse mesmo ano verificou-se a construção de duas novas estações, em Alfornelos e Amadora Este.Em 2007, chegou ao fim um dos temas mais polémicos e sensíveis relacionados com o Metro de Lisboa nestes últimos anos: o troço que liga as estações de Terreiro do Paço e Santa Apolónia. A obra estava prevista para conclusão em 2003, mas ocorreu no ano 2000 um aluimento de terras motivado pela existência de várias fissuras no túnel, o que levou a uma inundação, que não só inundou o túnel, como causou o caos na cidade de Lisboa, levando ao encerramento da Praça do Comércio e da Avenida Infante D. Henrique. Felizmente, no Verão de 2007 as obras de construção foram finalmente terminadas, tendo o troço sido inaugurado em Dezembro nesse mesmo ano.
Em 2009 deu-se a última alteração na rede do Metro de Lisboa até à data, com a anexação de um troço que ligou a Alameda a São Sebastião. Esta construção foi também um marco histórico importante para o Metro de Lisboa, já que foi a primeira vez que passou a haver cruzamentos entre todas as linhas.

EVOLUÇÃO DO METROPOLITANO DE LISBOA EM:

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