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sábado, 21 de maio de 2011

Convenientes e inconvenientes do Metro

O Metropolitano integra o conjunto de transportes ferroviários, no qual é indicado para o transporte de pessoas a pequenas distâncias.
O facto de ser, principalmente movido a energia eléctrica, faz com que o Metro responda positivamente a um dos grandes problemas de todos os meios de transporte, uma vez que os baixos consumos de energia traduzem-se num reduzido impacto ambiental, ao contrário dos restantes transportes, prejudicando mais o ambientes com os gases libertados para a atmosfera. A distância tempo/custo é, um dos aspectos mais positivos que o Metropolitano apresenta, pois as viagens rápidas e fraco congestionamento exprimem uma elevada redução destes dois parâmetros.
No entanto, o Metro apresenta aspectos negativos, pois o carácter fixo dos seus itinerários implica obrigatoriamente o transbordo de passageiros, aumentando assim a distancia-tempo/custo, traduzindo-se numa fraca flexibilidade, bem como a comodidade dos passageiros. O horário amplo oferece um serviço regular podendo assim, ter como já referido, viagens rápidas entre longas distâncias.
Este transbordo obriga por parte da identidade reguladora do metropolitano, a criação de estações no qual irá aumentar a mão-de-obra, assim como o gasto de capital na criação das mesmas, pois as vias férreas tem de ser totalmente construídas em simultâneo, ou seja, não podem ser construídas por etapas, facto que traduz a que apenas os países desenvolvidos consigam realizar estas obras, uma vez que possuem mais capacidade de investimento e manutenção das mesmas, para que este transporte, possa ter e oferecer aos seus passageiros todas as condições necessárias de segurança. Este constante investimento na manutenção das infra-estruturas, deve-se ao facto deste tipo de transporte ser de elevado peso.
Esta segurança tem-se vindo a notar ao longo dos anos, uma vez que o metropolitano é considerado um dos transportes terrestres mais seguro, em termos de viagem, o que, em comparação com o transporte rodoviário, este apresenta uma fraca sinistralidade assim como um elevado nível de conforto.
Como já foi mencionado, o metropolitano é adequado para o transporte quer a curtas ou médias, uma vez que apresenta a particularidade de uma elevada capacidade de carga de passageiros, pois com o desenvolvimento mecânico, este transporte suporta um elevado número de carruagens.
Um dos aspectos mais positivos no Metro, é o facto de este completar grande parte dos transportes, como por exemplo, o transporte marítimo, ferroviário, aéreo ou rodoviário. Com o elevado número de estações disponíveis, a acessibilidade a este tipo de transporte é simples, rápida e cómoda, no entanto, o Metro não chega aos principais pontos de interesse da cidade de Lisboa.
Estas infra-estruturas são muitas vezes, locais de abrigo a pessoas que não têm habitação própria, causando um certo mau estar aos utilizadores do metropolitano, podendo até estes, serem vítimas de ameaças ou furtos, no entanto, este cenário tem vindo a diminuir ao longo dos anos uma vez que o metropolitano tem vindo a reforçar a segurança. Outra das grandes desvantagens do metropolitano é que, em caso de avaria numa das linhas, esta fica impedida de realizar o trajecto normal, afectando assim os restantes veículos metropolitanos, não cumprindo assim os horários estabelecidos.

Acessibilidade

O Metropolitano de Lisboa, enquanto empresa, frequentada por milhares de utilizadores diariamente, procura oferecer aos seus usuários as melhores condições de acessibilidade e conforto possíveis.
Para facilitar a circulação, existem por toda a rede do metro elementos mecânicos como as escadas rolantes, tapetes rolantes e elevadores. Também existem facilidades para pessoas com deficiência auditiva e visual, tais como avisos luminosos de chegada do metro e abertura e fecho de portas no caso de o utilizador ser portador de deficiência auditiva, e avisos sonoros e relevos no chão propositadamente colocados perto da linha de segurança da plataforma para as pessoas portadoras de deficiência visual.
Para além destas funcionalidades, o Metro está, em colaboração com a ACAPO (Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal), na utilização no Metro de Lisboa de mais funcionalidades que ajudem este tipo de pessoas, tais como a instalação de suportes para cadeiras de rodas nas carruagens do Metro de Lisboa, a instalação de uma Linha-Guia desde o fim da escada de um dos acessos à superfície até à linha de segurança ao longo do bordo dos cais (para as estações existentes), sob a forma de pavimentos coláveis, e ainda a instalação de painéis com indicações de orientação em relevo e em Braille.

Bilhetes de Viagem

Os bilhetes de viagem, tal como o Metropolitano de Lisboa no seu todo, também têm evoluído de modo a corresponder às necessidades da população. A grande alteração surgiu em 2004, quando a rede do Metro passou os limites da cidade de Lisboa. Para responder a isto, foi criado um sistema de duas coroas: a coroa L, para a circulação dentro dos limites da cidade, e a coroa 1, para fora dos mesmos, competindo ao utilizador comprar o ingresso correspondente para o local para onde deseja viajar.
Para além disso, foram introduzidos os cartões 7 Colinas e Viva Viagem, que facilitam a circulação e reduzem perdas de tempo desnecessárias para os utilizadores na aquisição do seu ingresso.

Projectos futuros

O Metropolitano de Lisboa, já está a iniciar as obras construção para o alargamento da sua rede até ao Aeroporto e à Reboleira, nas linhas Vermelha e Azul respectivamente. Deste modo a rede de metropolitano de Lisboa passaria a contar com mais de 40 km de linha e com 53 estações.
Para além dos alargamentos já referidos, propostos para 2011, o Metropolitano de Lisboa propõe-se também a alargar a sua rede até Sacavém e ao Infantado entre 2014 e 2015, num plano, que pretende que, em 2020 o Metropolitano de Lisboa conte com 89 estações espalhadas ao longo de 102 km de linha.
Também se estudou a criação de uma linha das colinas, que estabeleceria a ligação entre os bairros históricos da cidade de Lisboa, onde o acesso em transporte individual é insuficiente ou sem capacidade. Segundo os planos iniciais, esta linha ligaria Campo de Ourique a Santa Apolónia numa distância de 8,5 km, passando por 8 estações. No entanto, segundo os últimos desenvolvimentos, este projecto foi “metido na gaveta”, passando a ser considerado como “não prioritário”.
Actualmente, devido aos elevados prejuízos pelos quais a rede do metro está a passar, há também a necessidade de aumentar os proveitos e reduzir os custos. Para isso está a ser estudada pela rede do Metropolitano a venda dos naming rights (cedência do nome) das linhas do metropolitano a empresas privadas, tal como acontece já em diversas actividades, nomeadamente no futebol, como são exemplos o Estádio Axa em Braga ou o Emirates Stadium, em Londres. Isto não só contribuiria para um importante retorno financeiro para a empresa, como também permitiria a sua valorização e a melhoria da sua imagem quer no país, quer no estrangeiro.
Por outro lado, existe o forte risco dos responsáveis do M.L. (metropolitano de Lisboa), ou da sua tutela, se oporem à concretização deste acordo. Teme-se igualmente, a potencial reacção negativa que pode haver por parte das pessoas em relação ao tipo de acordo e às empresas ou marcas seleccionadas. A alteração do nome de estações e linhas pode, também, gerar alguma confusão.
Quanto ao montante a arrecadar pelo M.L. com este tipo de acordo, parece improvável que o mesmo seja suficiente para eliminar os seus prejuízos anuais, sendo necessário complementar essa receita adicional com outras novas, de modo a que esse objectivo se concretize.

Linhas do Metro de Lisboa actualmente em funcionamento


Existem quatro linhas ferroviárias subterrâneas disponíveis aos utilizadores do metro. Estas são as linhas azul, amarela, verde e vermelha.
A linha azul, teve a sua primeira operação no ano 1959 e, actualmente tem uma extensão de 13 km, em que, ao circular-mos nesta, podemos encontrar dezassete estações.
A linha amarela, teve igualmente a sua primeira operação em 1959. Tem actualmente uma extensão de 11 km constituídos por treze estações.
A linha verde, inaugurou-se no ano de 1963. Esta linha tem vindo a desenvolver-se e, hoje em dia é constituída por 9 km em que podemos encontrar treze estações.
Na linha vermelha, iniciaram-se os percursos ferroviários subterrâneos no ano 1998. Para além de ser a mais recente linha do Metropolitano de Lisboa, esta também já evoluiu tendo uma extensão de 8 km, com nove estações.
Ambas as linhas ferroviárias do metropolitano lisboeta são subterrâneas, ao contrário de outros metropolitanos, como o do Porto.